Tecnologia transforma fazenda em oásis no sertão de Pernambuco

A Fazenda Caroá, no município de Afogados da Ingazeira, em pleno sertão de Pernambuco é um exemplo de convivência com o clima do semi-árido. Na propriedade do engenheiro mecânico José Artur Padilha, os efeitos de uma das piores secas da história são limitados. Os animais não passam fome e existe água em boa quantidade para os rebanhos e as pessoas.
No sertão devastado pela estiagem mais severa em décadas, a água determina a sobrevivência dos bichos, das plantas e o sofrimento dos homens. Nas comunidades rurais, o latão vira banco nas carroças puxadas pelos animais. A água é escassa e são necessárias várias viagens por dia para suprir a necessidade das famílias.

Mas no sertão do Pajeú, um rastro verde corta a paisagem esturricada pelo sol. O riacho Carapuça corre nos tempos de chuva. Há 29 anos, o engenheiro mecânico José Artur Padilha cria gado de corte e abelhas para produção de mel na Fazenda Caroá, no município de Afogados da Ingazeira. Em plena seca, a água brota da terra. Esse é resultado do trabalho do produtor que uniu os conhecimentos da profissão à observação da natureza. O produtor construiu 350 pequenas barragens curvadas ao longo do rio que corta a propriedade.

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