Criada a Câmara de Mineração no Clube de Engenharia de Pernambuco

Transcorreu na última terça feira com muito positivismo mais uma reunião no Clube de Engenharia de Pernambuco, com a participação dentre outros do geólogo Jairo Leite (AGP) e  do eng. de minas Werther de Larrabazal (Anbem)

Por aclamação foram aprovados e indicados para a recém criada Câmara de Geologia e Mineração os Presidentes da AGP – Antonio Christino e da ANBEM – José Amaro Sereno bem como o Coordenador da CEGEM/CREA-PE – Jairo Leite.

Na oportunidade foram proferidos inflamados discursos relativos ao descaso do Governo  de Pernambuco no trato das questões relativas à gestão do setor mineral e dos recursos hídricos subterrâneos do Estado.

Chegou-se ao consenso de que o somatório de esforços e a capacidade de articulação política das três entidades – Clube de Engenharia,  AGP,  ANBEM e  do CREA/PE aumenta as chances de sucesso das ações  a serem desenvolvidas com o intuito de mudar o atual estado de coisas. Para tanto buscar-se- á também agregar a representação da FIEPE e do Sindusgesso, Sindipedras e Sindicer/PE .

Segundo o presidente do Clube de Engenharia – Eng° Alexandre Santos – é inconcebível que o Estado de Pernambuco, que vive um momento de grande efervescência na pesquisa mineral do seu subsolo e vem recebendo grandes investimentos, realizados  por diferentes empresas e grupos, não tenha nenhum órgão ou secretaria que estabeleça uma interlocução qualificada com estes investidores e com as entidades representativas das categorias técnicas da área de Geologia e Mineração.

Ainda segundo Alexandre Santos, é necessário articular também a participação da nova Sudene, visto que no passado o órgão deu uma expressiva contribuição ao conhecimento da Geologia e desenvolvimento da Mineração de todo o Nordeste, Pernambuco incluído.

E como fechamento da noite e numa demonstração de que não foge à luta o Clube de Engenharia demonstrou total solidariedade com as preocupações da classe geológica com a proposta de proibição da lavra de areia em toda a extensão do rio Capibaribe, levada ao DNPM, CPRH e  Ministério Público por integrantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe.  Caso concretizado, a proibição trará prejuízos não só aos empreendedores ligados diretamente à atividade como também à indústria da construção civil e por consequência à sociedade como um todo. Vale lembrar que existem técnicas que possibilitam a lavra de areia em leito de rios e desassoreamento destes e com a competente preservação ambiental.

De imediato o Clube de Engenharia, já também representado pela Câmara recém-criada,  se incluiu na comitiva liderada pelo seu presidente Alexandre Santos  e que irá participar democraticamente, como ouvintes, mas com direito a fala, da próxima reunião do Comitê da Bacia do Rio Capibaribe, a realizar-se no final deste mês de Julho em Santa Cruz do Capibaribe e onde serão debatidas e tomadas algumas decisões a respeito da questão da exploração ou não de areia em todo o rio.

Vale enfatizar que as instituições não defendem a atividade de lavra de areia em rios nos moldes em que é realizada hoje na imensa maioria dos casos – com total irresponsabilidade ambiental!!!!!!