Órgão federal organiza corridas para distribuir áreas de mineração

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O vídeo acima mostra a “corrida do ouro” realizada no portão do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) no Pará. Ele mostra homens jovens, que se aglomeravam no portão do órgão (ligado ao Ministério de Minas e Energia), disputando pedidos de exploração por meio de uma corrida. Quem a vencesse conseguia protocolar o pedido.

“O patrimônio mineral da União era entregue à empresa que contratasse o melhor velocista”, diz o relatório de Raimundo Carreiro, do TCU (Tribunal de Contas da União), destacado na reportagem de Dimmi Amora publicada na Folha desta quinta-feira.

Segundo o superintendente do DNPM, João Bosco, a prática acabou neste ano. Em 2008, no entanto, a situação chegou ao ponto de os servidores organizarem baterias de competidores, com eliminatórias, semifinais e finais.

As corridas estão ligadas ao domínio da Vale sobre as áreas de exploração no Pará. Por meio de um labirinto burocrático, a mineradora tem conseguido bloquear uma área de no mínimo 5 milhões de hectares no Estado.

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