Estudos geológicos apontam que há petróleo em Pernambuco. Petrobras não decidiu se vai explorar área

“Ele jura de pés juntos que tem petróleo lá”. O comentário do diretor de Exploração e Produção da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Florival Carvalho, é sobre o geólogo pernambucano Mário de Lima Filho. Desde a década de 90, o professor teima na existência de óleo no subsolo marinho de Pernambuco. Estudos geológicos confirmaram as evidências. Agora falta a Petrobras decidir, até março de 2013, se vai perfurar poços na região. Em 2007, consórcio formado por Petrobras e Petrogal (subsidiária da Galp Energia) arrematou três blocos na Bacia Pernambuco-Paraíba, durante o leilão da 9ª rodada de licitação da ANP. As empresas deveriam fazer um investimento mínimo de R$ 7,5 milhões para explorar uma área de 1.713 quilômetros quadrados.

Carvalho diz que as companhias têm prazo de 5 anos (entre março de 2008 e março de 2013) para estudar a área. “Terminada essa primeira fase exploratória, elas precisam decidir se furam poço ou devolvem os blocos à ANP. Se a estratégia for prosseguir terão até março de 2015 para concluir a segunda etapa de exploração”, explica. Procurada pelo JC, a Petrobras se limitou a responder que “o consórcio analisa atualmente os dados obtidos com a aquisição sísmica. Apenas após essa etapa e a partir da análise dos dados adquiridos decidirá pela perfuração ou não de poços nos blocos. Vale ressaltar que a perfuração de poços, caso se justifique, só ocorrerá após o ano de 2014”, informa, por meio de sua assessoria de comunicação.

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