Guia de profissões: Geologia atrai pelos bons salários, mas é preciso gostar do trabalho de campo
RIO – Para quem pensa em fazer Geologia, uma boa notícia: a demanda por profissionais nunca esteve tão alta. E deve continuar assim pelos próximos anos. O principal motivo é o aquecimento dos setores de mineração e de petróleo, com o início da exploração do pré-sal. Quem conta é o presidente da Associação Profissional dos Geólogos do Rio de Janeiro (APG-RJ), José Ribamar Bezerra.
– O mercado continua fortemente aquecido, tanto para geólogos recém-formados quanto para os mais experientes. Devido a procura recorde na área, estamos inclusive trazendo profissionais estrangeiros para cá – diz ele, que trabalha na Agência Nacional do Petróleo.
Ou seja, quem sai da faculdade tem emprego garantido. Se for bom, até escolhe onde vai trabalhar. Mas até aí, o caminho é longo. A procura pela carreira tem aumentado e, com ela, a busca por uma vaga na universidade. Na UFRJ, por exemplo, a disputa chegou a 59,25 candidatos por vaga ano passado, levando em conta os 40% destinados à seleção própria da instituição.
Mas não basta entrar, é preciso se formar também. E para isso é preciso gostar muito de química e física, além de curtir as aventuras do chamado trabalho de campo, que não tem nenhum glamour. É uma oportunidade também de viajar por todo o Brasil.
– Na faculdade, você viaja muito, porque não basta ler que uma rocha é de determinada maneira. É preciso ir lá e ver como ela é. Gostar desse contato com a natureza é muito importante. Conheci do Piauí ao Rio Grande do Sul – afirma Felipe Tavares, pesquisador da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM).