Esmeralda de 380 quilos vira batalha jurídica entre Brasil e EUA
Do fundo de um poço em Pindobaçu, no interior da Bahia, para o cofre de uma delegacia de Los Angeles, nos Estados Unidos. O trajeto da esmeralda Bahia, uma pedra preciosa bruta de 380 quilos escavada no Brasil em 2001, é um sinuoso imbróglio jurídico repleto de falcatruas.
A parada mais recente é num tribunal da cidade californiana, onde um juiz reabriu o caso na semana passada para determinar o verdadeiro dono da gigantesca joia.
Oito pessoas já tentaram reaver a pedra, que está sob a guarda da polícia local desde 2008, quando foi dada como roubada e encontrada num armazém em Las Vegas.
No momento, apenas um grupo sobrou na disputa jurídica que corre há seis anos, e um juiz irá decidir se há provas suficientes para a posse.
Porém, o Brasil também tenta pôr as mãos na esmeralda desde 2011, quando foi notificado do roubo pelo Departamento de Segurança Nacional dos EUA.
O governo brasileiro afirma que a extração e a exportação foram feitas de forma fraudulenta e negocia paralelamente com o governo americano. Uma tentativa de interromper o julgamento em 2014 não deu certo.