Brasil entra na corrida pelas terras-raras
As terras-raras são a matéria-prima básica de telefones celulares, carros híbridos, mísseis teleguiados e outras maravilhas da tecnologia. O Brasil se empenha para começar a extraí-las do subsolo e reduzir a dependência da China, que há anos domina o mercado internacional
Ricardo Westin
Os subsolos do Brasil guardam um dos recursos naturais mais cobiçados do século 21: os elementos químicos conhecidos como terras-raras. Embora o nome não soe familiar, são o ingrediente essencial das maravilhas da alta tecnologia.
As terras-raras fazem funcionar tablets, telefones celulares, lasers, turbinas de energia eólica, catalisadores para refino de petróleo, aparelhos de ressonância magnética, mísseis teleguiados, carros híbridos (movidos a gasolina e eletricidade) e outras invenções sem as quais não se imagina a vida moderna.
Apesar de terem elevado valor estratégico, o Brasil não tira proveito desses elementos. Praticamente não existem empresas dedicadas à extração de terras-raras. O país também não tem noção de seu potencial.
Apenas algumas jazidas estão mapeadas.