PETROLEO EM PERNAMBUCO – Novas e boas noticias!
Estado terá poço perfurado em 2014
A Petrobras vai seguir com a exploração de petróleo no litoral de Pernambuco e deverá furar o primeiro poço na região em 2014.
A informação é da Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP).
A busca oficial pelo ouro negro começou em 2007, quando o consórcio formado pela Petrobras e Petrogal (subsidiária da Galp Energia) arrematou três blocos na Bacia Pernambuco-Paraíba,durante a 9ª rodada de licitação da ANP.
“Na primeira fase exploratória, as empresas têm prazo de 5 anos (entre 2008 e 2013) para estudar a área. Passada essa etapa, elas precisam decidir se continuam com a exploração ou se devolvem os blocos. Na prática o consórcio tem, oficialmente, até 31 de março próximo para decidir se fura os poços.
Mas informalmente já sabemos da decisão de perfurar. Se a decisão fosse diferente eles já estariam encaminhando a documentação dentro da ANP para devolver os blocos”, adianta o assessor da diretoria da ANP e doutor em geologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mário de Lima Filho.
O professor da UFPE foi um dos responsáveis pela aposta na exploração de petróleo na região,quando a Bacia Pernambuco-Paraíba não figurava no mapa exploratório da Petrobras. Estudos geológicos da década de 70 diziam que não existia óleo no subsolo da região. A elite dos técnicos da Petrobras também acreditava na teoria de que Recife e Mamanguape (PB) foram os últimos trechos da costa brasileira a se separar do continente africano, há milhões de anos. Esse racha tardio teria atrasado o depósito de sedimentos no fundo do oceano, que no futuro se transformariam em petróleo. Colocando de lado essa teoria, um grupo de seis pesquisadores do Departamento de Geologia da UFPE se debruçou sobre o estudo da área.
“A expectativa é que o consórcio Petrobras-Petrogal perfure pelo menos um poço em cada um dos três blocos. As perfurações deverão ocorrer no próximo ano”, aposta Lima Filho. A perfuração de um poço médio custa em torno de US$ 62 milhões, enquanto na área do présal esse valor triplica, por conta da complexidade das águas ultraprofundas.
Em Pernambuco, as perfurações não exigirão a profundidade do pré-sal porque a expectativa é que existam reservatórios de óleo acima da camada de sal. Os estudos sísmicos apontam que os prováveis reservatórios estariam no Litoral Sul do Estado, o que seria excelente num cenário onde estão em construção uma refinaria, um complexo petroquímico e navios petroleiros em Suape. A Bacia Pernambuco-Paraíba voltará a integrar o leilão de petróleo da 11ª rodada, que será realizado pela ANP em maio.
Fonte: Jornal do Comercio 28 de Fevereiro de 2013